domingo, 4 de setembro de 2016

Passo a Passo




Passos largos e apressados pro encontro. Um passo de cada vez. Muros desabam, põe fé na dúvida, põe coragem na timidez. É tempo de ver no que dá.

Admiração das virtudes, mostras de defeitos, afirmação de qualidades. Às vezes caras fechadas. O tempo, que traz dores, não se recusa a trazer a cura.

Tome nota: “Meus olhos famintos não se cansam de te acariciar, procuram sempre um novo ângulo só pra te admirar” - Paulinho Moska.

Risos, risos pra festejar. Felicidade por segundo. E o que se quer – pede – é que se saiba lidar com as guerras e barras que aparecem. Uma luta de cada vez. Que não seja um ensaio pra peça errada. Acredita que não. Que sejam pacientes pras birras.

Ímãs de tanto que se atraem. As horas, na distância, batem de século em século. Se juntos, as horas batem de minuto em minuto. Como se faz pra passar mais devagar o tempo e majorar momentos juntos? Pergunta de si pra si. Ódio eterno ao despertador.

Conversas e conversas. Como se Eduardo e Mônica, conversam muito mesmo pra tentarem se conhecer. Túneis iluminados, agora pode ver onde anda. A cena é de cinema.

Intimidades que parecem décadas de conversas. Roda o mundo inteiro e encontra quem esteve sempre perto. Sarcasmos do acaso.

A lentos passos caminham enquanto juntos pra ver se majoram o tempo. Um passo de cada vez. Nunca o álbum Long Play – Lulu Santos – fez tanto sentido. Nunca Surreal e Contatos – do referido álbum – foram tão suas canções preferidas. Imagina o que no futuro dirão dos dois seja pra onde forem. É de se admirar que em pouco tempo sua vida tenha agora se tornado uma ambientação de Saber Chegar – Fernanda Abreu. Já nem se lembra mais dos primeiros versos de Travessia – Milton Nascimento.

P.S.: “Tá tudo aí pra nós. Agora é só deixar rolar (…) Chega perto e fica do meu lado, que eu vou apagar a luz. E tudo vai clarear, mostrar que vale a pena. Que é só saber chegar.” (Fernanda Abreu).