domingo, 4 de dezembro de 2011

Sócrates Brasileiro




Domingo de futebol. De final. De alegrias. E a morte nos faz mais uma falseta e leva o maior democrata do futebol brasileiro. Inteligente, fez jus ao seu nome: Sócrates. Idealista, sonhador e democrata, ele fez jus ao nome: Brasileiro.

Agora me vem à cabeça parte de um poema do piauiense Ramsés Ramos, mas não me vem completo, não consigo lembrá-lo por inteiro, nem com exatidão, mas lembro que diz mais ou menos: ‘com que direito dizemos da morte que ela é um triste acontecimento? Que diria de nós a vida após termos aproveitado todos os seus banquetes?’ segundo Ramsés, a morte deveria ser vista como um encontro marcado. E quem sabe não fosse belo?

Enfim, fica a história, o bom futebol e a certeza de que o futebol teve um homem de caráter entre tantos que faziam e fazem de tudo por um lugar ao sol. Sócrates, democrata, brasileiro e sonhador, deu as costas ao lugar e ao sol da facilidade. Falou contra militares, pregou eleições diretas e foi um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Dos maiores ídolos do Corinthians.

Fica a história. Os toques de calcanhar. O caráter. O bom futebol. A luta pelas democracias brasileira e corintiana. Fica a certeza de que o futebol teve um homem de verdade.

Dos que não vi jogar, Sócrates era um dos melhores. Dono dos melhores e polêmicos comentários da TV. O Doutor do “Cartão Verde”.

PS: "Todos o conheciam por seu diploma de medicina e porque também tinha muitos interesses culturais e sociais. Em suma, era sob todos os pontos de vista um atípico." (Paolo Rossi)

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