quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ando tão à flor da pele: IV




Eu tô tentando. De um jeito e de outro. De todos os jeitos, sempre dos jeitos certos, claro. Tenho cantarolado que ando com a minha cabeça pelas tabelas pra ver se alguém se importa com a minha aflição.

Eu tô tentando. Tá difícil. Isso de querer abraçar o mundo, eu deveria saber, não é o certo e não é nada fácil. Dá um nó e a gente fica feito música do Chico Buarque, com a cabeça pelas tabelas.

Meu segredo é que eu sou rapaz esforçado. Não guardo mágoas. na verdade, não guardo nem dinheiro que é melhor, avalie mágoas.

Mais dia menos noite isso acontece. É normal, até. Tô falando desse lance de ficar com a cabeça pelas tabelas, saca? Pois é. Mas acontece que parece que as coisas tendem a demorar mais quando é comigo.

Não sei! Talvez eu engane tanto que não tenho aflições, que quando assumo, elas ficam mais fortes.

Tento me concentrar, mas quando se vive uma “crise” assim é quase sempre inútil. Encontro sossego quando repito algum poema que sei de cor. É um dos poucos momentos em que fico mais leve. Mas aí vem a matemática, a universidade, alguns hipócritas e por aí vai. Ou nem vai porque às vezes esse tipo de coisa emperra as coisas. Prefiro os chatos.

PS: "[...] É só hoje e isso passa, só me deixe aqui quieto. Isso passa, amanhã é um outro dia, não é? [...]” (legião urbana)

Nenhum comentário: