quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pressentimento!




Ele sabia que eles estavam complicando as coisas com esse tanto de desencontros. Ora, todos viam as trocas de olhares. Estavam, no mínimo, apaixonados. Sim, no mínimo, pois estava mais pra amor.

Amor. Essa coisa que ambos viviam a procurar, mas teimavam em se esconder quando encontravam. Também pudera! Ele, cansado de sofrer, pensava duas, três, quatro, inúmeras vezes antes de algo sério. Ela, PhD em sofrimento por desamor, jogava o mesmo jogo antes de pensar em um relacionamento

Eles não lembram como tudo isso começou. Esse lance de apaixonação, saca? Eu tenho pra mim que começou nessas conversas no barzinho, no cursinho, na rua, na chuva, no apartamento. E tem também as trocas de mensagem, as visitas esperadas, os presentes e mais um punhado de coisas.

As músicas são as mesmas e as piadas também. Tá na cara. Isso é, como já disse, paixão. No mínimo.

Parece que o amor chegou, mas parece que eles ainda não se deram conta. Cadê os amigos que não gritam isso pra eles? “Mermão, tu tá apaixonado, pô!”. “Mermã, isso aí é amor!”. Cadê alguém pra avisar?

O amor chegou, mas ainda não se deram conta. Ou, quem sabe, se deram conta, mas estão a se esconder. Estão a bancar os bestas. Sofrendo pelos passados tristes. Por coisas que aconteceram há um século, um ano, um mês. Ninguém sabe.

Tem que ‘ter fé e ver coragem no amor’. Alguém precisa avisá-los antes que seja tarde.

PS: “[...] Ele sem ela, comida sem sal. Ela com ele, canção de Gil [...] Ela é poesia, toda dia ele faz canção [...]” (Altifalante)

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