sábado, 28 de abril de 2012

Sobre Efrém Ribeiro e agressão ao jornalista e a estupidez





Não sei o que me espanta mais, se a agressão relatada pelo jornalista Efrém Ribeiro, que resultou na perda de dois dos seus dentes, ou o modo como algumas reagem ao saber de tamanha covardia contra o jornalista, quando comentam que “foi bem feito” “ele merece” “quem procura acha” e “blá, blá, blá, blá”. Gente estúpida essa que cultua a violência contra um jornalista.

Gente estúpida essa que cultua a moralidade baixa. A violência contra um jornalista ou qualquer outro profissional é um crime, não pode ser cultuado. Em tempos de violência fatais contra jornalistas, em tempo de desrespeitos à liberdade de imprensa, em tempos de Brasil ocupando a 11ª posição em crimes contra jornalistas é um total absurdo que se cultue violência.

Gente estúpida que não tem o menor pudor em apontar os erros gramaticais do Efrém Ribeiro, mas parece não perceber o quanto erram quando dizem que o jornalista mereceu apanhar.

Quem é que gosta de apanhar? Efrém, aliás, sofreu uma das agressões mais marcantes dos tempos de crime organizado no Piauí. Suas denúncias, através da imprensa, ajudaram bastante para que se desse um “basta” na organização criminosa que dominava o estado. Apesar das ameaças e agressão, Efrém não sucumbiu, manteve-se corajoso e fez várias denúncias contra o chefe do crime organizado, que está preso e, dentre os crimes que está pagando, responde por ter mandado dar uma "surra" no Efrém. Acredita-se que a ordem era ir além, mas a multidão que se formou durante a agressão fez com que o agressor fosse embora.

Deve-se respeitar o Efrém ou qualquer outro jornalista. Ele é um repórter, é curioso, tem mesmo que ir atrás das notícias, saber dos fatos, pois quer fazer reportagens mais aprofundadas, quer ser um jornalista diferenciado, tem ousadia. Efrém e todos os outros jornalistas merecem respeito. E os incomodados com suas matérias que processem o jornalista. Existem meios legais, não se pode aderir ao uso da violência.

P.s.: Desculpas, eu me exaltei! (Tá aqui a matéria. Ali não, aqui!)

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